quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Museu Theodor Koelle Rio Claro


Ontem falei que visitaria mais um museu hoje, e fui.
Levei meus alunos do SESI para conhecerem comigo o museu Theodor Kolle.
Marcamos para chegar às 19h30 e pontualmente, seu Theodoro Koelle estava nos esperando na calçada, com o museu todo preparado para nos receber. Realmente pessoas educadas fazem a diferença e fazem diferente também.

O Museu é uma homenagem a THEODOR ALBERT KÖLLE  avô de Theodoro Koelle, ele fica na antiga "casa vermelha" ao lado do colégio.
A história da sua família se mistura a história da cidade de Rio Claro, e o próprio Theodoro conta as histórias e dá vida ao museu. Vale a visita.

As histórias começaram ainda na calçada assim que
chegamos




Bíblias em alemão que faziam parte
do acervo do Pastor

Os avós de Theodoro

Muitas fotos da família Koelle







O museu é cercado por um lindo jardim

Aqui ele estava mostrando o convite de casamento
de seus pais






Assim eram os uniformes
Adicionar legenda

Paulo Koelle em uma sala de aula nos anos 30
Esta foto lembra a época em que os alunos eram levados para
as excursões na carroceria dos caminhões
Cinto de segurança?O que é isso?

Fotos do colégio
Olha o tamanho deste ábaco
Esta bandeira fica bem na entrada e é
da época do Império




Slides que eram usados pelos professores nas aulas ( lindos)
Mutos objetos que pertenceram a família
A família hoje


Remédios e utensílios para cuidados médicos


Eu e minha amiga Renata


Do lado de fora há um lindo jardim onde todos quiseram tirar fotos


Ele é  inteligente, fino e educado. Um fofo
Olha o chão da casa e os ferros
de passar roupa

Renata, eu, Senhor Theodoro e Isolina



 Para mim, e acho que para meus alunos também, valeu a pena
Quem quiser visitar deve agendar horário no colégio Koelle para ter a agradável companhia do Theodoro Koelle
Aqui estão algumas informações tiradas do site http    www.visiterioclaro.com.br



Museu Theodor Koelle

MUSEU THEODOR KOELLE
Centro de Estudos da Imigração Alemã na Região de Rio Claro

A CASA VERMELHA

A antiga Casa Vermelha, assim conhecida em Rio Claro por suas características, passa a abrigar a partir do ano de 1996, o Museu "Theodor Koelle".
Sua construção data, aproximadamente de 1865. Seu primeiro morador fora o casal Bartholomeus e Elisabeth Meyer Jost, imigrantes de origem suiça. Ele nascido em Fanas, no cantão de Graubünden, em 8 de setembro de 1820 e falecido em setembro de 1886. Ela nascida em 21 de outubro de 1825 e falecida em 1915.

A casa e o seu quintal ocupavam, nessa época, quase uma quadra completa. Ali o casal plantara parreiras com uvas do tipo "Isabel" e passara a produzir vinho tinto, uma raridade na ocasião.

Segundo o depoimento do Sr. Edwin Temple às senhoras Emma e Carmen Koelle, após o falecimento do seu primeiro morador, a Casa Vermelha passou a ser habitada por seu filho Bartolomeu Jost, nascido em 1859 e casado com Maria Wächter. O casal não teve filhos, e a casa passou, posteriormente, para seus sobrinhos e únicos herdeiros.

Após a morte de Bartolomeu, por alguns anos, seu irmão Christian Jost ali viveu, juntamente com sua esposa Verônica Schnetzier Jost. Christian veio a falecer em 1923.

No ano de 1928, Matilde Moura, que adquirira a Casa Vermelha, então com o número 198 da Rua Quatro, vendeu-a para Francisco Fiedler, pelo preço de 5 contos de réis. Francisco Fiedler e sua esposa Bertha Fiedler venderam a casa para Paulo, Luisa, Augusta, Christina, Lydia, Emma e Hertha Koelle em 1950. Consta da escritura que a casa passara a ter o número 1782 da rua quatro, e que a mesma possuia seis cômodos e instalação elétrica.

De 1950 a 1973, tanto a Casa Vermelha quanto a casa vizinha foram utilizadas como residência das alunas do internato Koelle. O mesmo foi transferido para a Avenida Dezesseis, quando da inauguração do novo prédio, hoje abrigando os cursos de Educação Infantil até as 4ª séries do 1º grau.

A antiga habitação do Sr. João Rehder, hoje de número 1792, passa a ter uma destinação de caráter cultural, abrigando o Centro de Estudos de Imigração Alemã e os cursos de língua alemã.

THEODOR ALBERT KÖLLE

Desejoso de ser mestre, missão transcendente e divina, Theodor Albert Kölle pensava em ensinar a seus conterâneos de língua alemã, assistindo-os cultural e espiritualmente. Tornou-se mestre e pastor, transformando em realidade o seu propósito.

Nascido em Thieringen, Oberamt Balingen, no reino de Würtemberg, na Alemanha Imperial, a 7 de dezembro de 1864, era o mais jovem dos sete filhos do professor Johann Friedrich Kölle (1813-1899), e de Sophie Kempter (1820-1895).

"Seguindo os conselhos de meus professores Schwarzmaier e Dölker, aceitei o convite do Pastor Zink, que procurava um professor para a sua escola, recém-fundada em Rio Claro, Província de São Paulo (Brasil)... A oferta não era precisamente maravilhosa, ordenado mensal de 50 marcos e pensão gratuita, mas queria ver o mundo e proporcionar ensino a meus conterrâneos no exterior".

Com estas palavras, Theodor Kölle ressaltava seus objetivos e seus ideais de vida: transmitir conhecimentos, proporcionar comunicação com seus semelhantes e incutir-lhes a mensagem do Evangelho.

A escolha de Rio Claro se deve ao fato de que, das regiões urbanas e rurais alemãs e suiças, muitos imigrantes vieram para o Brasil em 1852, sob o reinado do Imperador D. Pedro II, para trabalhar principalmente na Fazenda Ibicaba em Limeira, e na Fazenda Angélica em Rio Claro.

A cidade, que passara por diversas fases de sua evolução histórica e social, teve no Senador Vergueiro o personagem principal da introdução da mão de obra estrangeira nas fazendas da região, à época dos primeiros movimentos abolicionistas no Brasil.

ITINERÁRIO

O projeto museológico do Museu "Theodor Kölle", teve, desde o início, a preocupação de respeitar, ao máximo, a mensagem do personagem central desse museu, e a simplicidade de seu "modus vivendi". Assim, desde a escolha da Casa Vermelha, quanto ao percurso que se pretendeu dar ao público visitante, procurou-se criar um clima o mais propício para se voltar atrás nos tempos.

HALL
Ladeado pelas bandeiras imperiais do Brasil e da Alemanha do século passado, um quadro a óleo de Edgar Oehlmeyer, pintado nos anos 60 e oferecido pela Associação Koelle de Ex-alunos, dá as boas vindas ao visitante, que lá encontra, um porta-chapéu de época, e, naturalmente, um recepcionista para atender ao público.

SALA 1
Uma série de gravuras datando de 1872 e publicadas na revista "Novo Mundo", de Nova York, introduzem o visitante aos tempos da chegada dos primeiros imigrantes de língua alemã ao Brasil, enquanto que dois aspectos do quadro de Ernst Vollbehr sobre o porto de Santos e uma foto "do primeiro olhar para a cidade de Santos, momentos antes do desembarque", bem como um mapa do Brasil datado de 1883, elaborado por um cartógrafo inglês, nos mostram iconográficamente alguns aspectos da terrra que os esperava.

Usando-se como suporte uma janela recuperada, uma série de fotos nos levam a conhecer os primeiros tempos da família do Pastor Johann Jacob Zink, em Rio Claro, e naturalmente situando seu genro, que mais tarde se tornaria o pastor Theodor Kölle.

Para completar esta sala, nada mais justo do que reproduzir algumas fotos da cidade que acolheu inúmeras famílias alemães e suiças, à época da sua chegada.

Três vitrines especiais exibem documentos pessoais, passaportes, salvo-condutos, interdições e objetos os mais significativos pertencentes ao Pastor Kölle, a seu sogro, o Pastor Zink, e a familiares mais próximos.

SALA 2

Tendo em vista que as atividades educacionais e religiosas praticamente seguiam paralelamente, procurou-se nesta sala criar um clima que associava plenamente as duas atividades do Pastor Theodor Kölle. No painel à direita da porta, uma série de fotos reproduz o primeiro templo da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, sua depredação por ocasião da Primeira Guerra Mundial, e finalmente o novo templo como ele está hoje interna e externamente. (...)

SALA 3

No canto à direita o visitante depara-se com a poltrona que, durante muitos anos, serviu para o repouso espiritual de Theodor Kölle e suas leituras bíblicas. Estes livros estão recolhidos no armário ao lado, juntamente com a partitura do hino luterano "Ein feste Burg ist unser Gott" (Deus é a nossa fortaleza), obra prima do Reformador, musicada posteriormente por Johann Sebastian Bach para uma de suas famosas cantatas. (...)

SALA 4

O guarda-roupa do Pastor Theodor Kölle encontra-se na parede central. De um lado, os berços que acolheram os treze filhos do casal, e mais tarde os filhos de Paulo e Luisa Koelle, bem como os da quarta geração. (...)
Um telefone a magnésio, usado no início do século, e a bandeira do Ginásio são ali expostos, enquanto que um painel nos descortina uma série de fotos de esportistas do Koelle.

JARDINS E ANEXOS

Procurou-se aproveitar com o maior cuidado estético a área externa envoltória, tanto da Casa Vermelha, quanto de sua vizinha, a Casa Rosada, criando-se um pequeno jardim de estilo inglês, que pode ser usado pelo visitante como uma área de reflexão ou mesmo de estudos. Plantas ornamentais, com folhagens de cores as mais diversas, ciprestes, arecas e flores envolvem os bustos do Pastor Theodor Kölle e de seu filho Dr. Paulo Koelle, seu sucessor, obras do escultor Vilmo Rosada, figuras principais do museu ora criado.

O Centro de Estudos da Imigração Alemã na Região, com entrada por esses jardins, reunirá, tanto nos fundos da Casa Rosada, quanto na edícula transformada, documentos, fotografias, livros e objetos diversos, que estão sendo recolhidos para possibilitar pesquisas aos estudiosos da matéria sobre a importância da imigração alemã na região. Vale salientar que a Casa Rosada será utilizada, por sua vez, para a implantação de novos cursos de língua e estudos alemães em Rio Claro.

Emanuel Von Lauenstein Massarani



3 comentários:

  1. Parabéns Monica, por essa iniciativa de visitar museus. Nossa historia esta presente no passado e valorizar, é recenhecer sua importancia e de toda uma geração que não esta mais conosco. Amei!!!!!

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  2. Me deu saudades do Seu Theodoro. Sempre foi muito educado. Adorava conversar com ele. Aliás me deu muita saudades do colégio... Cheguei a estudar naquelas carteiras de madeira, que a cadeira de um era a mesa do outro. Acho que era assim...já não me lembro, e nem faz muito tempo. E tinha o professor de desenho que fazia a gente se levantar ao lado da carteira pra cumprimentá-lo "Bom dia seu Picka" dízíamos em alto e bom som!! Divertido!

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  3. Carol,
    a educação dele foi o que mais me impressionou.

    Não estudei no Koelle, mas acho difícil quem passou por lá não sentir saudade.

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