Encontrei essas histórias tão lindas na internet e quis registrá-las aqui para inspirar pessoas assim como elas me inspiraram. Depois que comecei a ler uma, fiquei com vontade de ler todas. Espero que gostem!

Homem salva a vida de mais de dois milhões de crianças graças a sangue raro

Australiano evitou a morte de milhões de recém-nascidos por ter um plasma sanguíneo especial que ajuda na produção da vacina contra a Doença de Rhesus Depois de uma cirurgia aos 14 anos, James Harrison prometeu doar sangue frequentemente

Red Flag Magazine

Depois de uma cirurgia aos 14 anos, James Harrison prometeu doar sangue frequentemente

Doar sangue é um ato de carinho que pode salvar muitas vidas. James Harrison é uma das pessoas que praticam esse gesto do bem e, por conta de seu tipo sanguíneo raro, conseguiu evitar a morte de mais de dois milhões de bebês.

O australiano de 77 anos, conhecido como "o homem com o braço de ouro" pelo número de doações que já fez, tem um tipo de plasma sanguíneo específico para criar a vacina que evita a Doença de Rhesus. Esta enfermidade, que também é conhecida como "hemolítica" ou "eritroblastose fetal" ocorre quando o sangue da mãe é fator RH- e o do bebê é RH+. Em certas condições, essa diferença pode fazer com que o sistema imunológico da mãe interprete o sangue do bebê como uma ameaça e produza anticorpos que podem prejudicar o feto. A vacina então é aplicada nas mães, ainda em período de gestação.

Australiano começou a doar sangue para pagar uma promessa

James começou a doar sangue depois que se recuperou de uma cirurgia para a qual precisou de uma transfusão de 13 bolsas de plasma doadas por terceiros. Foi nesta época, ainda adolescente, que o sangue de James passou por uma mutação e se tornou um tipo raro. Isso aconteceu porque o australiano, que não nasceu com essa configuração sanguínea, recebeu bolsas de sangue Rh+, que reagiu com o seu tipo Rh- e criou os anticorpos que impedem o surgimento da doença.

Depois da transfusão, James prometeu a si mesmo repetir o gesto de carinho quando tivesse idade suficiente. Ao fazer 18 anos, passou a doar sangue periodicamente, tanto em sua cidade natal como em Sydney. O feito foi parar até no Guinness Book, o "livro dos recordes" em 2003, por ser o maior doador de sangue do mundo, com mais de 500 doações. Uma década depois, esse número já ultrapassou o primeiro milhar.

James se orgulha de ajudar tantas crianças e contou ao jornal online Huffington Post que não sente medo do processo. "Nunca pensei em parar de doar", declarou. Além de fazer doações regulares, "o homem do braço de ouro" se tornou voluntário em pesquisas e testes que possibilitaram o desenvolvimento da vacina. Para ele, estender a mão para quem precisa é uma questão de cidadania; um verdadeiro ato de amor ao próximo!

Menina de dois anos com câncer pede pizza e desconhecidos atendem ao pedido

Ao colocar um pedido na janela do seu quarto de hospital, a pequena Hazel, de dois anos, começou a receber caixas de pizza enviadas por desconhecidos. Um gesto de carinho que colocou um sorriso em seu rosto e tornou-se inesquecível na vida de toda a família

Arquivo pessoal

As pizzas alegraram o dia da pequena Hazel

A pequena Hazel, de apenas dois anos, luta contra um neuroblastoma – um tipo de câncer que atinge principalmente as crianças. Por causa disso, ela precisa ficar muito tempo dentro do Hospital Infantil de Los Angeles, nos Estados Unidos, e passar por muitas sessões de quimioterapia, o que torna a sua rotina muito dolorida.

Um dia, para passar o tempo e fazer algo divertido no quarto do hospital, a pequena Hazel e a mãe, Laura, tiveram a ideia de colocar um aviso com esparadrapo na janela e fazer um pedido de uma das coisas que a menina mais amava. Assim, escreveram a frase: “envie pizza para o quarto 4112”. As enfermeiras, médicos e outras crianças tiveram um grande momento com essa brincadeira, feita apenas para alegrar um pouco o dia dos pequenos.

O sinal ficou na janela por vários dias e ninguém havia enviado nada – o que era esperado por todos. No entanto, em um sábado à tarde tudo mudou! Poucas horas depois que chegou em casa para cuidar de seus outros filhos, a mãe recebeu um telefonema avisando que várias caixas de pizza estavam sendo entregues no hospital.

Hazel acordou de sua soneca diária com o cheiro da comida e ficou muito empolgada ao ver tanta pizza na sua frente! Os funcionários do hospital e as outras crianças internadas entraram no quarto e, com muita música, fizeram uma verdadeira festa da pizza! Naquele momento eram 20 caixas, mas depois muitas outras foram recebidas.

A explicação para a quantidade surpreendente de pizzas enviadas veio à tona posteriormente. Alguém passou em frente ao hospital, tirou uma foto e publicou a imagem do pedido em uma rede social. As pessoas se sensibilizaram com o estado de saúde da menina e, assim, rapidamente as pizzas começaram a chegar.

No dia seguinte, o hospital decidiu publicar uma nota pública em seu site agradecendo ao gesto de carinho e pedindo para que as pessoas não enviassem mais as pizzas. A mensagem ainda convidava todos a continuar apoiando Hazel e outras crianças, por meio de doações ao fundo de pesquisa do câncer infantil.

A mãe ficou muito emocionada com a atenção e o carinho que estranhos destinaram à filha. Em seu blog pessoal, escreveu: “eu realmente senti que Deus interferiu neste dia maravilhoso para ajudar a levantar a auto-estima da nossa família e de todos aqui no quarto andar. Todos nós precisamos de um pouco de esperança aqui”.

Empresário ajudou 25 desconhecidos a passar o Natal em casa

Peter Shankman repetiu a boa ação que fez no ano passado: ele doou suas milhas áreas para que desconhecidos com histórias de tocar o coração pudessem estar com seus entes queridos no Natal

Reprodução autorizada do Facebook

Peter Shankman, o empresário que fez uma boa ação no Natal e Meagan, a assistente que o ajudou a escolher as melhores histórias

O que seria uma rotina dos sonhos para muitos, é uma realidade que muitas vezes se mostra exaustiva para o norte-americano Peter Shankman. Autor, consultor de mídias sociais e fundador de um site de sucesso, o nova-iorquino passa boa parte da vida a onze mil metros de altura, em aviões domésticos e internacionais. Com tantas idas e vindas ao longo de sete anos, Peter acumulou uma quantidade impressionante de milhas de voo; cerca de 1.750.000.

Milhas para mais de 50 voltas ao mundo

Tantas milhas seriam o suficiente para fazer mais de 50 viagens ao redor do mundo em classe econômica. Como o norte-americano já passa cerca de três dias por semana viajando e faz até oito viagens internacionais por ano, uma volta ao mundo não o atrai. Em vez de acumular ainda mais pontos aéreos, ele teve a ideia, no ano passado, de presentear quatro desconhecidos com tickets de ida e volta durante a época do Natal. A motivação era dar a chance a duas duplas que não tivessem condições financeiras de visitar parentes ou amigos distantes na data festiva. Para conquistar esta chance, bastava morar nos Estados Unidos, contar sua história nos comentários do blog de Peter Shankman e torcer para ser escolhido entre os mais de 140 “concorrentes”.

A iniciativa deu tão certo, que Peter resolveu repetir o ato de carinho em 2013. O empresário só não esperava a repercussão positiva que seu “pequeno projeto de Natal” teria. Em dias, a notícia se espalhou e os comentários se multiplicaram em seu blog, atingindo uma quantidade impressionante de pedidos por passagens. Com mais de 1300 comentários, ficou difícil manter o número anterior de passagens doadas. Peter, então, decidiu presentear seis pessoas com a oportunidade de passar um Natal mais próximo dos entes queridos.

A reviravolta ocorreu quando outras pessoas procuraram Peter, dispostas a oferecer mais algumas milhas; o suficiente para mais nove pessoas serem contempladas com o ato de carinho. Por fim, uma empresa que vende passagens aéreas entrou na onda do bem do nova-iorquino e doou mais 10 passagens de ida e volta dentro dos Estados Unidos.

A difícil escolha das histórias mais emocionantes

Em entrevista por email, Peter afirmou que foi muito difícil escolher as 25 histórias mais comoventes: “adoraríamos poder dar passagens a todas aquelas pessoas que pediram, mas já estamos felizes por termos ajudado como podíamos”. Em seu blog, o autor comemorou: “fico feliz que o meu estilo de vida pode faz o bem a outras pessoas”.

Quanto ao próprio Natal, o empresário e pai de uma menina, contou que mesmo com tantas viagens a trabalho, se desdobra para estar em casa nas datas importantes. “Tenho tido sorte com isso. Eu tento estar em casa o máximo possível para coisas que são importantes para mim. Às vezes isso significa ter de voar durante toda a noite para chegar de manhã ou pegar uma nevasca no meio do caminho e ter que dirigir pelo resto do caminho. Mas você tem que fazer o que for preciso pelo o que é importante para você”, declarou.

Ele adianta que pretende repetir a boa ação no ano que vem e que tem planos ainda mais audaciosos: “espero que possamos enviar quinhentas pessoas para casa no próximo Natal!”.

Confira algumas das histórias mais emocionantes contadas nos 25 comentários escolhidos - e presenteados - por Peter e Meagan, sua assistente e “braço direito”:

Sarah Jones verá seu marido militar após anos no Natal

Apesar de estar casada há cinco anos, Sarah Jones só conseguiu passar cerca de três meses nos últimos três anos ao lado do marido, que atua no exército norte-americano. Quando ele finalmente conseguiu a licença para voltar para casa no Natal, o alto preço das passagens desfez os planos do casal, que planejava se encontrar para passar algum tempo juntos. "Eu dificilmente reclamo porque, como uma esposa de um soldado, entendo que entrei nessa com ele", escreveu a moça. "Basicamente, eu só quero passar umas pequenas férias com o meu marido". E, enfim, ela conseguiu as passagens para passar o Natal com seu parceiro.

Jknapp passará o primeiro Natal sem a mãe na companhia da irmã

Outra história escolhida para participar da ação foi a do usuário Jknapp. No pequeno texto que escreveu, ele disse que gostaria muito de ver sua irmã mais nova no Natal. A mãe deles teve um câncer em fevereiro, o que a faz perder a vida e deixar os filhos e a família. "Minha irmã e eu fomos para casa em julho para segurar as mãos dela quando ela disse adeus". Ele perdeu o emprego devido ao tempo que passou na companhia na mãe antes que ela partisse. Apesar de não ter a mãe presente neste ano, o jovem disse que seria maravilhoso ver o rosto de sua irmã, abraçá-la e passar algum tempo com ela.

Ela levará o namorado para pedir sua mão em casamento ao pai doente

Um dos relatos mais tocantes é da leitora Rdgaines. Seu pai foi diagnosticado com câncer de pulmão em fase terminal. A doença lhes custou todos os bens da família; inclusive a casa em que viviam. A jovem diz que mesmo juntando suas economias, não conseguiu guardar uma quantia suficiente para comprar passagens para visitá-lo no Natal. Ela adoraria levar seu namorado para conhecê-lo e ter, então, sua mão pedida em casamento. "Já é triste o suficiente saber que ele nunca conhecerá seus netos e que vou perder meu pai, mas eu odiaria que ele não conhecesse o meu futuro marido por causa das finanças", disse.

Mike pediu férias para a namorada que só vive para trabalhar e fazer o bem

Há quem tenha pedido as passagens para outra pessoa. Foi o caso de Mike Babauta, que solicitou a ajuda para sua namorada. “A história dela não é das mais tristes mas estou pedindo por ela porque ela trabalha dia e noite para dar aos filhos uma boa vida e ainda é voluntária em programas que oferecem atividades sociais para crianças e adolescentes com necessidades especiais. Ela está sempre se doando e nunca pede nada em troca. Mesmo com tanto trabalho, ela só tem o suficiente para pagar as contas e nunca para se dar um presente. Eu amo o coração de Krista. Faria o meu dia conseguir presenteá-la com passagens para que ela visite o pai no Novo México. Ele é viúvo há dois anos e eu sei que significaria o mundo se ela pudesse passar essa data com ele – mesmo que eu vá sentir sua falta nesses dias”, contou.

Estranhos se unem em “corrente humana” para salvar menino de afogamento

Josh McQuoid foi arrastado por 150 metros em direção ao mar e chegou a ficar 20 segundos ininterruptos debaixo d’água. Conheça a história do garoto de apenas 12 anos que foi salvo por mais de 15 pessoas que se uniram em prol de uma vida

EVA BRADLEY/Fairfax NZ/Reprodução de vídeo amador

Estranhos se unem em “corrente humana” para salvar menino de afogamento. Josh reencontrou os policiais Paul Bailey e Bryan Farquharson, além do amigo Hikairo Ratapu e de Philippa Nicholson, que também ajudou no resgate.

Se alguns acontecimentos e notícias espalhadas pelos jornais podem sugerir que o pior lado dos seres humanos é facilmente trazido à tona, algumas histórias induzem a pensar que nem sempre é assim: a solidariedade pode mover o mundo e salvar vidas.

Era mais um domingo tranquilo na ensolarada Napier, Nova Zelândia: tarde quente, famílias na praia e crianças divertindo-se na beira d'água. Seria uma cena comum, não fosse pela ressaca intensa que agitava as ondas e um terrível incidente com uma dessas crianças: Josh McQuoid, de apenas 12 anos, foi arrastado por uma dessas fortes ondas para dentro do mar.

Em um momento de distração, Josh foi puxado pela força do mar por mais de 150 metros em direção às profundezas. O menino, que brincava com um amigo na parte rasa da praia, foi surpreendido por uma onda incisiva, que o arrebatou inesperadamente: “foi apenas uma força que bateu fundo no joelho, me surpreendeu e me tirou do chão”, contou Josh, quando já estava em segurança.

A união inabalável de desconhecidos

A angústia durou cerca de oito minutos: primeiro, dois policiais e um transeunte tentaram tirar o menino da água mas não obtiveram sucesso, tamanha era a força da ressaca. Josh tentava tirar a cabeça de dentro d'água mas as ondas incidiam uma após a outra, sem um intervalo mínimo de tempo: “pensei que fosse morrer. As ondas quebravam muito. Houve cinco muito grandes, elas quebraram em cima de mim algumas vezes, eu estava submerso”, lembrou.

Josh chegou a ficar 20 segundos ininterruptos submerso na água e o susto foi o suficiente para que um dos gestos mais solidários já registrados acontecesse: um dos policiais, desesperado com a situação, começou a chamar todos os banhistas que estavam por ali para ajudar a formar uma espécie de corrente humana e salvar o garoto. As pessoas começaram a correr para a água a fim de tirar o menino de lá e, de mãos dadas, faziam força em direção à costa. Cada vez que as mãos se soltavam, elas corriam para unir-se novamente, quantas vezes fossem necessárias, e voltavam a puxar, uma a uma, a criança para terra firme.

Quando chegou à areia, Josh estava desacordado. Depois de receber os primeiros socorros no local, ele foi levado para o hospital e não teve complicações graves após o afogamento. Hoje, ele lembra com gratidão e carinho dos que o salvaram: “eu gostaria tanto de agradecer o que eles fizeram. Eles salvaram a minha vida, se não fosse por eles, eu estaria morto”, disse o responsável por despertar em mais de quinze desconhecidos, os sentimentos de união, solidariedade e fé.

Senhora de 91 anos vai às ruas e arrecada 350 mil reais para melhorar a qualidade de vida dos idosos

Após 14 anos angariando fundo nas ruas, Jean Bishop – uma senhora que se veste com um traje da abelha – foi homenageada com um dos principais prêmios de reconhecimento às boas atitudes no dia a dia

Divulgação

Jean Bishop, de 91 anos, recebeu o apelido carinhoso de "Lady Bee"

Para uma pessoa bondosa e de bom coração, não há obstáculos ou limite de idade para dar carinho e ajudar quem precisa. Jean Bishop, uma britânica de 91 anos, provou isso ao conseguir arrecadar aproximadamente 100 mil libras (cerca de R$ 350 mil) para a Age UK, uma organização sem fins lucrativos que contribui para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida dos idosos.

A jornada de Jean começou há 14 anos, quando ela se viu diante de uma das piores fases de sua vida: a morte de seu marido e maior companheiro. Em vez de se deixar abater, ela usou a dor e as últimas forças para ajudar ao próximo – e, consequentemente, a si mesmo.

Para chamar a atenção, ela conseguiu uma fantasia de abelha emprestada de uma loja de caridade. Vestida assim, com um baldinho na mão, saiu às ruas pedindo a colaboração dos transeuntes. Com simpatia, boa conversa e um sorriso no rosto, ela conquistou o coração das pessoas, que lhe deram o apelido carinhoso de “lady bee” (senhora abelha).

No começo de outubro, ela recebeu o reconhecimento de seus esforços persistentes: a "Pride Britain Awards", que celebra anualmente as pessoas que inspiram e fazem a diferença na sociedade, a homenageou de forma especial.

"Eu não posso acreditar nisso", disse a “Lady Bee” quando soube que tinha recebido a homenagem. E, no palco da premiação, completou: “alcançar as £ 100.000 em 14 anos foi fantástico e eu nunca pensei que iria conseguir fazer. Eu só quero sentar, pensar sobre o que aconteceu e, em seguida, começar de novo...”.

Apesar de sofrer artrite severa, Jean continua indo às ruas todas as sextas-feiras, além de visitar shoppings e residências regularmente. Mesmo com uma queda que a pôs no hospital por uma semana, há dois anos, ela nunca desistiu de sua meta. Segundo a própria, a sensação de fazer algo bom é "prazerosa, nutre os sentimentos e contribui para a pessoa seguir em frente"!